ODETE

O livro trata-se de uma tentativa (relativamente ousada) de produzir um “discurso psico-pedagógico-social” para a Pedagogia Social e Educação Inclusiva não escolar (e com isso os educadores sociais) a partir de um filme, aclamado como Cult, cujo título é “Odete” (Portugal; 2005; direção de João Pedro Rodrigues). Dessa película, atuamos cientificamente, considerando que o tema “luto”, criado por uma morte concreta e por mortes simbólicas – como o rompimento de laços afetivos. Visamos também seus efeitos nos vivos, ou os “mortos em vida”. Pensamos que esse tema, individual, familiar, grupal, social possa vir a ser um espaço-tempo de intervenção objetivando minimizar sofrimentos e dores psicossociais - sem desprezar as dores individuais. Esses sofrimentos são advindos das experiências de morte e do morrer – em situações dramático-sociais ou melodramáticas individuais e grupais que abarcam uma comunidade, sua cultura, sua história e modos de lidar com defuntos e mortos, e o impacto dentro “da gente” (processo subjetivo na objetividade do mundo).

Um dos caminhos possíveis, se trata do simbolismo que traz o termo “Nome Próprio”, próprio nome, algo como um processo vivido de “auto-nomeação-viva” – de gente que é sendo si-mesma junto ao outro no mundo das possibilidades quase sempre efêmeras de identificar-se diante da morte do outro e ou do processo natural de vir morrer – “a gente” mesma falecer, terminar-se. Odete é um personagem que clama pelo resgate de seu nome, deseja ser-si-mesma diante do outro.

Esse livro emergiu da linha de pesquisa “Diversidade e Práticas Educacionais Inclusivas” que compõe o complexo e rico mosaico dos cursos de mestrado, doutorado e pós-doutorado em Educação, do Centro de Educação, Programa de Pós-Graduação em Educação da Universidade Federal do Espírito Santo – CE/ PPGE/ UFES.