NIÓBIO/NIOBIUM/COLÚMBIO SUAS APLICABILIDADES

PREFÁCIO

Nióbio/Niobium/Colúmbio - Suas aplicabilidades - Tesouros Perdidos do Brasil é um livro que tem como objetivos propiciar, a você caro leitor, a importância do nióbio e suas aplicações na geopolítica e geoeconômica dos minerais estratégicos do mundo, focando a formação de uma estratégica dos minerais nacionais para o futuro do planeta, descrevendo, suscintamente, as diversas aplicabilidades do nióbio nas seguintes áreas: na área espacial com os programas espacial da “National Aeronautics and Space Administration - NASA” para o Planeta Marte, exploração da Lua, hotelaria e turismo espacial, projeto Starlink e Projeto Starship (foguete Super Heavy e Veículo Superior); na medicina e saúde; na odontologia; na geração de energia; na ferroviário; na náutica e logística; no automobilismo; carros voadores eVTOLs; nas motos voadoras eVTOLs; nas motocicletas solares; nas bicicletas; na área petrolífera; na petroquímica; na indústria nuclear; na construção civil; na metalurgia (produção do aço); nas superligas C 103 e Inconel 718; na eletrocerâmica; na numismática; na área militar; na área de pesquisa e científico-tecnológico com o International Thermonuclear Experimental Reactor (ITER) e o Acelerador de Partículas Sirius; na área comercial de alto valor agregado; na óptica de lentes; na área de joalheria (confecção de joias - anodização); dentre outros.

O Brasil mesmo tendo a maior reserva mundial de nióbio, sendo o maior exportador mundial desse minério estratégico cuja exportação é a terceira maior na balança comercial de minerais, ainda vem engatinhando na pesquisa científica e no desenvolvimento de novos produtos de alta tecnologia, principalmente, dos produtos não metálicos à base de óxidos de nióbio. A China, os Estados Unidos da América, o Japão e alguns países europeus estão à frente do parque tecnológico envolvendo a aplicabilidade do nióbio, o que garante maior valor ao minério.

Em 2020, só a CBMM produziu 110 mil toneladas, uma queda de 20%, causada pela pandemia de corona vírus e com a crise na construção civil na China, apenas 12% do aço produzido no Mundo leva o nióbio em sua composição, sendo 80% de todo o nióbio comercializado no planeta é vendido para mais de 55 países pelo Brasil com apenas 3 empresas e 4 minas, sendo duas grandes, uma média e uma pequena. O nióbio é o 3º minério mais exportado do país, cerca de 90% do nióbio mundial, ficando atrás do minério de ferro e do ouro. Os minérios concorrentes do nióbio são Tântalo, Venário e o Titânio, mas com um custo maior de produção e exigindo maior quantidade para proporcionar as mesmas características do nióbio.

Em 2019, 2020 e 2021, a Agência Nacional de Mineração – ANM procedeu o processamento de 295 requerimentos de exploração de jazidas de nióbio, dos quais 171 requerimentos contemplam a autorização de pesquisas por um período de 3 (três) anos na região da Amazônia Legal. As licenças de pesquisa fornecidas permite a prospecção do minério com elevados gastos por parte das empresas na região.

Em 2021 e 2022, após R$ 3 bilhões em de investimentos na planta da CBMM, estima-se uma produção de até 150 mil toneladas ano. Só a CBMM almeja produzir 225 mil toneladas por ano até 2027, investindo cerca de R$ 700 milhões ao ano, pois apenas 12% do aço produzido no Mundo leva o nióbio em sua composição, sendo dividido da seguinte forma: 34% empregado na construção civil; 32% empregado no setor petrolífero e gás; 20% empregado na indústria automobilística; e 14% empregado na indústria química, naval, logística, ferroviária e outros.

Este livro foca a aplicabilidade do nióbio brasileiro em amplo espectro, proporcionando aos prezados leitores uma visão futurística nas expressões do poder nacional (expressão política, econômica, psicossocial, militar, científico e tecnológica). Um assunto estratégico de conhecimento de poucas pessoas do Brasil e do Mundo pautada na expressão “Quem detém o conhecimento possui o poder”.

Para aqueles que querem conhecer um pouco os tesouros brasileiros, o nióbio é um minério raro muito cobiçado, fruto de suas aplicabilidades mais importante como elemento de liga de alta resistência e baixa liga (ARBL) ao aço, conferindo a melhoria de propriedades. Uma quantidade de 0,1% gramas de nióbio ao ser misturado a uma tonelada de ferro se transforma em liga de ferronióbio, proporcionando características especiais ao ferro, como: alta resistência térmica, eletromagnética e corrosiva. Na indústria da beleza, um anel de nióbio no Japão chega a custar mais do que um anel de ouro, ambos com o mesmo peso.

Estima-se que, no futuro próximo, as novas aplicabilidades do nióbio afetarão o consumo mundial anual, ultrapassando as 500 toneladas. A alta demanda aumentará em mais de 1.000% no valor do quilo em 2035. O nióbio é considerado um minério estratégico por causa das suas propriedades especiais químicas e físicas quando agregado a outros materiais, sendo largamente empregado na indústria de alta tecnologia e amplo espectro. Além da sua escassez no cenário mundial e a posição do Brasil como maior exportador e detentor da maior reserva do planeta, contribuindo para geopolítica e geoeconomia dos minerais estratégicos do futuro brasileiro. A adição do nióbio ao aço reduzem a percentagem de emissão de carbono ao aço, o que melhora a capacidade de soldabilidade do produto, proporcionando o fiel acatamento das normas técnicas estruturais da metalurgia além de reduzir a emissão de carbono na atmosfera.

O nióbio é o minério do futuro, porque quase todas as reservas mundiais desse metal, mais de 98%, estão no Brasil, o que equivale a 842 milhões de toneladas com um valor estimado de US$ 22 trilhões, que é o dobro do PIB da China, ou duas vezes todo o petróleo do Pré-sal. O nióbio pode ser a salvação ou a chave para o desenvolvimento do Brasil. Com o aquecimento da corrida espacial e com os surgimentos das empresas privadas, como: SpaceX, Blue Origin, Virgin Galactic, Boing, entre outras, com esse consumo será quase triplicado em curto espaço de tempo.

Esta obra esbarra nas poucas fontes de pesquisa e obras literárias publicadas no país e, também, no exterior. Uma resistência traduzida no segredo industrial com o intuito de se preservar patentes, ocultando conhecimentos científicos-tecnológicos de interesse da humanidade.

Pode parecer loucura, estes autores, abordarem este tema com sonho de editá-lo e publicá-lo no Brasil, tornando pública as informações estratégicas e de cabal importância para o futuro dos filhos da Nação Brasileira, entretanto é direito dos brasileiros conhecerem e protegerem seus tesouros e das gerações futuras.