Crer também é transgredir

São cinco capítulos, cada um reunindo textos aproximados por uma mesma temática. O primeiro – Meditações bíblicas – está assumidamente relacionado à minha herança protestante, para quem a Bíblia ocupa uma relativa centralidade, ao menos no ponto de vista do discurso. O segundo – Diálogos com as Ciências Humanas e a Literatura – propõe dar continuidade a uma aproximação que não é nova. Mas tanto as Ciências Humanas quanto a Literatura são campos vastíssimos, sobejando em possibilidades de aproximação para os teólogos e teólogas. O pensamento de Michel Foucault, por exemplo, é um desses campos ainda pouco explorados mesmo pelos teólogos progressistas e acadêmicos. O terceiro – Meditações sobre educação teológica – se radica na minha presença no âmbito do magistério teológico. Sou professor de Teologia Sistemática no Seminário Teológico Batista de Alagoas (SETBAL). Portanto, esse tema faz parte do meu cotidiano de preocupações profissionais e existenciais. O capítulo intitulado Provocações para a eclesiologia, o quarto desse livro, está atrelado à minha atividade pastoral. Sou pastor batista em Maceió, e as provocações desse capítulo têm relação com a vontade de que nossas comunidades religiosas sejam pertinentes em face das demandas de nossa presente situação. Por fim, o capítulo que fecha o livro – Teologia e espiritualidade transgressora – reúne reflexões cujo mote comum é a convicção de que a espiritualidade evangélica possui um ímpeto revolucionário e transformador a ser redescoberto.