ECTOPLASMA

O mundo espiritual a cada dia vem chamando mais e mais atenção do ser humano comum. Embora sempre tenha feito parte fundamental da vivência de todos que estejam encarnados no mundo físico, apenas uma pequena parte tenha se interessado pelos assuntos espirituais de fato, principalmente no campo religioso, como se o assunto fosse de interesse somente dos sacerdotes dos diversos credos.

Via de regra, até bem pouco tempo, falar de coisas espirituais era um imenso tabu para as pessoas como se tratasse sempre de coisas horrendas, malefícios, coisas demoníacas, entre outras que o imaginário povoou desde sempre, muito à guisa de religiosos mesmo que submetiam sob controle do medo a massa ignorante das coisas fundamentais da vida.

É preciso dizer que sem que o ser humano busque conhecer, ainda que sem profundidade, a existência do lado espiritual da vida, jamais poderá chegar ao conhecimento pleno de si mesmo, se libertar das velhas estradas e alcançar o entendimento do que todos sempre buscaram: responder as questões fundamentais “de onde venho, para onde vou”.

Não basta saber e crer que existe uma continuidade da vida após a morte (desencarne) do corpo físico, é preciso saber também que ser um espírito usando um corpo material implica em conhecer minimamente o que isso significa, ou seja, saber o que faz este espírito enquanto está encarnado, quais as suas interações, o que produz, como opera e quais as consequências advindas da interação entre espírito e matéria.

Neste campo de estudos encontra-se o ectoplasma, um elemento de enorme interação entre os dois lados da vida e cujo interesse é valorizado por suas variadas funções e utilidades para os desencarnados tanto quanto para os encarnados que o saibam utilizar. Normalmente, é este elemento que tem veiculado todas as espécies de fenômenos tidos como paranormais ou sobrenaturais que se tem notícia desde os primórdios da humanidade.

Ocorre que pelo seu desconhecimento quase generalizado, com exceção das escolas espiritualistas, espíritas e místico-iniciáticas, o ectoplasma segue como elemento de superstição, fanatismo e tem sido elemento usado de forma perigosa por espíritos de má fé nos dois campos: dos encarnados e desencarnados.

Por ser um elemento produzido naturalmente a partir do momento que se o espírito está alijado em um corpo físico, não pode ser anulado, é como o ato de respirar. Sua base é biológica (física), mas também etérica (espiritual). Por ele podem ser produzidos os mais diversos fenômenos já estudados ou não no campo do espiritualismo, como se vê no extenso trabalho de Charles Richet e compilados por ninguém menos que Arthur Conan Doyle, autor de Sherlock Holmes.

Assim, estudar sobre o mundo espiritual e suas interações é uma cátedra bastante extensa para qualquer um, sendo que o ectoplasma é apenas uma de suas matérias.